quinta-feira, 24 de setembro de 2009

“Bizarrices” e a Lei de Murphy

Já presenciei algumas situações esquisitas. Bem bizarras até, eu diria. Não que eu tenha planejado algo, mas sempre acontece assim, quando menos se espera. Você acorda um dia de manhã com a perna esquerda e as coisas vão simplesmente dando errado. Já passou por isso? Acredito que sim. Cada um sempre tem ‘aquele dia de cão’, simplesmente uma bola de neve que quando você acredita ter resolvido todo o problema, lá vem mais bronca pela frente. E então, você pode atribuir algumas qualificações presentes na lei de Murphy. Algumas citações teriam como base o seguinte preceito: “Se algo pode dar errado, dará (e ainda) da pior maneira possível, e no pior momento possível”. Uma coisa engraçada que ficou meio popular é a famosa torrada com geléia. Se ela cai no chão, a probabilidade do lado com a geléia ficar virado para baixo é de 100%! É tão dramático que chega a ser até cômico... Você termina acreditando que é o alvo principal dessa teoria e que ela te persegue indefinidamente. Gozações a parte, estamos tratando aqui de um assunto sério. Não sou tão supersticiosa assim, mas cada louco tem suas manias e seus transtornos obsessivos compulsivos. Enfim, não vamos desviar do foco de nossa conversa – aqueles dias bizarros.

Você põe o celular para despertar às 6:30 da manhã e ele simplesmente descarrega, e “esquece” de tocar. Você acorda assustado, vê a hora e nota que já está atrasado. Deixa no fogo água para preparar o café da manhã e enquanto isso vai tomar aquele banho rápido. Aí você liga o chuveiro, passa um sabonete e a água acaba. Você havia se esquecido daquele aviso colado na porta do elevador sobre o racionamento. O tempo de sair do banheiro (ensaboado) e trocar de roupa, sua água já secou e pão torrou. Sai para o trabalho sem comer nada. O mais engraçado é que tudo insiste em dar errado e é quando você percebe que existe um universo inteiro conspirando contra você. Quando tudo está ruim, não se preocupe, pode ficar bem pior. Pessimismo? Veremos. O elevador de serviço está em manutenção e o social está preso no último andar. Desce pela escada. Você ainda tem o azar de ‘pegar’ todos os sinais vermelhos da rua e enfrentar um “baita” engarrafamento. É quando percebe que está no final do mês e seu chefe está pedindo milhões de relatórios... Você não tem tempo para almoçar e no final do expediente acontece um blackout de energia: Você acaba por perder todos os arquivos não salvos do computador e entra em pânico para refazê-los. Na volta pra casa o seu carro quebra no meio do caminho e você então, já sem paciência, deixa o carro e resolve seguir o resto a pé. Você finalmente pensa: “O que mais pode dar errado?”, quando de repente, começa aquele toró. Simplesmente um dilúvio que a ‘mulher gata da previsão do tempo’ esqueceu de anunciar no dia anterior. “Que maravilha!” – você pensa! E depois de tudo ainda leva um banho de lama daquele motorista descuidado (para evitar xingamentos maiores...). A padaria já está fechada e você vai comprar pão no supermercado. Sua fila é a que menos anda e você prefere mudar. O que acontece? Dá problema no caixa. Volta pra casa pra dormir exausto e o seu vizinho resolve dar uma festa de arromba, com som alto a noite toda. Que desfecho interessante!

Você conta pra alguém e te falam pra tomar um “banho de sal grosso”, se benzer, e se livrar desse mau-olhado. De certa forma, muitas vezes essa maldita lei insiste em nos perseguir, sempre zombando da nossa cara. Uma vez um ex-namorado meu fez uma analogia com ‘a piada’. Disse que ela era uma velha ranzinza, sentada numa cadeira de balanço, com sua metralhadora do lado. E quando você menos esperava, ela atirava em você. Fez algum sentido? É, eu sei, foi um comentário bizarro. Será mesmo que esse tipo de coisa existe? Tenho lá minhas dúvidas a respeito de sorte, azar e companhia. Mas sempre que acontece, lembro-me dessa lei infeliz e solto aquela velha frase: “É melhor rir para não chorar!”.

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