segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

"Libertação"

Quando, em meu coração,
A solidão se alastrar,
Suplico que não me julgues!
A inquietação e a dor
Já tomam conta de minh’alma,
Consumindo-me por inteira
Como as trevas noturnas
Em um céu sem estrelas...

Palavras ríspidas serão dilaceradas em pó
E sopradas suavemente contra os ventos matinais,
Semeando flores mais humildes nas primaveras
E sussurros mais gentis aos que choram miséria!

Quando, em teu coração,
A essência deste amor brotar,
Imploro que me libertes!
Das correntes amargas
Que atam e ferem o meu corpo
Desprendendo-me por completo
De meu desalento sem fim...

E assim, meu peito se acalentará...

Minha tristeza e melancolia desfalecerão
E serão jorradas nas profundezas dos oceanos,
Transbordando esperança pelas espumas do mar
E soprando brumas de paixão ao coração dos homens!